Olá amigos,
Havia alguns dias que não
postávamos nenhum artigo aqui, por isso, resolvemos então produzir este que é
de autoria compartilhada, ou seja, Sami e Nanda são quem vos escrevem dessa
vez.
Semana passada, fomos ao cinema
assistir a um filme que criara em nossos corações muita expectativa, pois já
havia ganhado algumas estatuetas do OSCAR. O filme “Les Misérables” (Os
miseráveis) que leva o mesmo título da obra no qual é inspirado, é uma das principais escritas pelo francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 em Paris.
A adaptação para as telonas
contou com direção de Tom Hooper e é estrelado por Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway e Amanda Seyfried.
Logo de início, o “longa”
mostra a que veio e já começa emocionar até ao mais duro coração (quanto mais
aos derretidos Pr. Sami e Pra. Nanda).
O filme tem como pano de
fundo o cenário de miséria e opressão social da Revolução Francesa, porém, não
se propõe a revelar apenas o sofrimento dos europeus durante a desumana guerra
civil, mas trás também uma discussão muito poética a respeito da lei, da graça,
e sobre tudo, do amor de Deus. Não somente pelo fato de que durante o filme
podemos ver os personagens orando ou pedindo algo a Deus, mas porque o filme
inteiro é uma aula gratuita e bela sobre a graça redentora de Jesus Cristo em
paradoxo com a lei que mata, escraviza.
O enredo gira em torno de
Jean Valjean, um “miserável” que por roubar um pão para alimentar seu sobrinho
que estava morrendo de fome é detido e passa anos em uma prisão cruel sendo
torturado e submetido a trabalho escravo pelo inspetor Javert, responsável por
fazer cumprir a lei naquele lugar.
Quando a liberdade
condicional de Jean Valjean é concedida, ele procura trabalho e um lugar para
repousar, mas só encontra portas fechadas. Uma noite, cansado dos maus tratos e
maldade da sociedade parisiense ele vai dormir em um cemitério, quando um padre
o acorda e o convida para entrar em sua casa. Na casa do padre, Jean é
alimentado, toma um bom banho, ganha roupas novas e uma cama quentinha, mas de
madrugada ele se levanta apressadamente, rouba toda a prataria do padre e vai
embora. Logo ele é preso e os guardas o entregam ao padre, que pede para o
soltarem alegando que a prataria era um presente ao seu tão ilustre convidado.
Neste momento, Jean é
liberto da lei e conhece a graça, o favor imerecido. Através do amor daquele
padre ele conhece a Deus e Seu imenso amor! Depois disso, ele não consegue mais
viver do jeito que vivia, pois o amor que o alcançou foi de tal forma,
constrangedor e gracioso, que ele já não podia mais viver uma vida de egoísmo e
ingratidão.
O padre libera Jean, que
vai embora e constrói uma nova vida, amando ao seu próximo e ajudando muitas
pessoas. Mas o inspetor Javert não o esquece. Anos depois eles se encontram e o
inspetor reconhece Jean, seu prisioneiro que nunca mais se apresentou à polícia.
Começa então uma caçada
implacável da parte do inspetor que quer cumprir a lei custe o que custar
prendendo Jean. Algumas músicas cantadas pelo inspetor revelam o pensamento de
quem vive debaixo da lei. Ele se autodenomina, a lei, e diz que seu dever é
punir a todos os infratores da lei de Deus!
O filme se desenrola e Jean
por muitas vezes tem a oportunidade de matar Javert, mas ele o liberta todas as
vezes. Em um diálogo interessante, Jean está com uma faca para matar Javert,
mas ele o liberta, então o policial diz que nada do que Jean faça vai impedi-lo
de prendê-lo e o acusa de ladrão e fora da lei alegando que Jean quer comprar
sua liberdade, ao que este lhe responde dizendo que não o poupou da morte como
barganha, mas como reflexo daquela bondade graciosa que um dia o salvou e o
livrou da escravidão.
Ao se deparar com o amor
incondicional e graça maravilhosa de Deus, Javert não consegue mais se encarar
e percebe a miséria moral e espiritual em que vive, bem como a fraqueza do
sistema que defende, todavia, sem aceitar a graça e sem entender o amor ele se
mata, provando que a graça é o fim da lei.
O filme trata da temática,
lei versus graça, de forma singular, trazendo-nos o entendimento de que o amor
é superior a tudo, pois sim, o amor é a essência de Deus.
Quando vivemos debaixo
desse amor que revela a graça divina somos transformados por ele de modo que
não há como continuarmos no egocentrismo e no pecado, uma vez que fomos
alcançados e transformados por esse amor. Tudo o que precisamos é deixar que o
Amor entre em nossos corações e nos faça despenseiros e agentes da graça
regeneradora de Cristo.
Portanto, fica aqui nossa
sugestão de filme e nossa reflexão a respeito do imaginário cristão na obra Os
miseráveis. Vale a pena conferir.
Deus os abençoe!
Pastores Sami e
Nanda Castro.
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